Buíque 169 anos

Do(a) https://buique.pe.gov.br/historia/ Publicado em 12/05/2023 às 10:39

Buíque 169 anos

BUÍQUE COMPLETA HOJE 169 ANOS ABAIXO UM POUCO DA RICA HISTÓRIA DO NOSSO MUNICÍPIO:

ORIGEM DO NOME BUÍQUE

Etimologicamente, a palavra Buíque, segundo Alfredo de Carvalho, quer dizer “sal da terra”, ou seja, uby, ubú, bú-yiqui. Versão que contradiz a que admite o significado do vocábulo como sendo de origem Tupi e que significa boy (cobra) + ike (aqui), ou seja: lugar de cobras. Outra versão é apontada por Sebastião Galvão que informa ser a expressão originária do fato de os índios utilizarem-se do osso do fêmur humano para fazer um búzio ou trombeta que emitia sons que fazia eco semelhante a buíque, buíque, etc.

APROPRIAÇÃO DO SOLO NA COLÔNIA

Em 29 de dezembro de 1658, o Governador de Pernambuco André Vidal de Negreiros concedeu ao mestre de campo Nicolau Aranha Pacheco, Cosme de Brito Cação, Antônio Fernandes Aranha e Ambrósio Aranha uma data de terras nos sertões de Buíque com vinte léguas em quadro, em dois lotes alternados – um no Ipanema (Campos do Buíque) e outro nos Garanhuns.

Sem dúvida era um alentado lote de terras que logo no ano seguinte (em 2 de dezembro de 1659) foi acrescido em razão de os mesmos concessionários terem recebido mais uma sesmaria¹, dessa feita de “apenas” dez léguas em quadro e restrita às terras de Garanhuns, o que não causa espécie em virtude de a própria aplicação do sistema de sesmarias no Brasil do século XVI aos fins do XVII, ser marcada sobretudo pela liberalidade das autoridades coloniais na concessão de grandes extensões de terra, sendo ainda comum se conferirem a um só colono várias datas em épocas e locais diferentes.


No Nordeste brasileiro, foram apropriados territórios de tal amplitude que se configuravam bem maiores do que alguns dos atuais Estados do Brasil, sem que nada obstasse as concessões, nem na lei, nem na prática.

As sesmarias dos Aranha Pacheco, por exemplo, integrava terras das seguintes localidades: Palmeirina, Angelim, São João, Brejão, Garanhuns, Caetés, Paranatama, Saloá, Teresinha e, atravessando a serra da Prata, já em pleno sertão do Ipanema, Águas Belas, Buíque e Pedra.

A providência de se fixarem limites à extensão do solo aparece pela primeira vez em 1697, quando se ordena que apenas fossem doadas sesmarias de três léguas de comprimento por uma de largura. Em 1699, reafirma-se a restrição por Ordem Régia, na qual o monarca estimulava denúncias de casos de sesmarias cujos proprietários não cumpriram as disposições do aproveitamento da terra em seu todo ou em parte, instituindo premiação ao denunciante com parte da terra em causa.

Nicolau Aranha Pacheco ilustra bem seu tempo ao aliar um título, o de mestre de campo, ao de proprietário de terras, ambos frutos da mesma política da Coroa portuguesa de premiar os sérvios que lhe eram prestados com mercês e honrarias que podiam se consubstanciar em doações de terras, cargos políticos e outras formas de honraria, como a concessão de tão desejados Hábitos das Ordens religioso-militares, à época ainda existentes em Portugal, com seu Grão-Mestrado incorporado à monarquia portuguesa desde 1531 e cuja posse, além de dar prestígio, rendia ganhos financeiros aos concessionários.

De modo inverso ao que ocorria aos engenhos de açúcar do Litoral e da Mata de Pernambuco, que no mais das vezes não se compartimentavam por herança ou venda, as terras do Sertão do Agreste foram repartidas por vários proprietários, gerando vários minifúndios, o que, no caso de Buíque se configura como uma das suas mais fortes características.

Parte das terras dos Aranhas nos Campos do Buíque, como era de se esperar serviram ao desenvolvimento de atividades agropastoris, das fazendas e sítios que ali se fundaram apresentamos o quadro a seguir:

Duas dessas fazendas interessam mais de perto, a denominada Lagoa, em Campos do Buíque, foi herdada por Pedro Aranha Pacheco, casado com Dona Maria da Rocha, que depois de viúva, vendeu-as aos irmãos Félix Paes de Azevedo e Nicácio Pereira Falcão em 19 de novembro de 1716.

Em 1753, Félix Paes de Azevedo após o falecimento de Nicácio Pereira, entregou metade das terras da fazenda aos herdeiros do irmão e compartilhou metade da sua parte das terras com os filhos de sua mulher Dona Ana da Rocha, que casara com ele já viúva e neste período já era falecida.

Da parte das terras que lhe ficaram, Félix Paes de Azevedo doou metade aos sobrinhos Julião de Matos Garcês e Francisca dos Prazeres, recomendando o desdobramento de 500 braças dessas terras para compor o patrimônio da capela sob o orago de São Félix que estava sendo ereta na fazenda Lagoa.

O patrimônio da Igreja de São Félix se enriquece ainda mais com a doação que, em 27 de maio de 1754, Gonçalo Pereira de Moraes fez de seis mil réis em terras da sua propriedade na fazenda Mocó.


FONTE: https://buique.pe.gov.br/historia/

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